quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sede de escrita...

Horas há
em que a inspiração
não abona,
em que as palavras
não ocorrem,
são horas de secura
sem a saliva
dos versos
para saciar
a sede de escrever...

AV
Acabrunhado
desperta o dia
choroso de chuva caída
no cheiro a terra molhada
de salva, salsa e oliva...
Festeja
o corvo, o gaio e a cotovia
em grasnados e trinados
às bençãos do novo dia...
Segue a cega-rega
do tempo a seguir
e ri-se, agora, o sol
como que a brincar
ás escondidas
com certa nuvem aparecida...
E assim prossegue
em indelével
e silenciosa sinfonia...

AV