terça-feira, 17 de novembro de 2009

Jogo
o jogo
da palavra,
amealhando
o verbo,
no verso
sem rima,
baralho
letras,
acumulo
 som
na cacofonia
da sonoridade,
da palavra
solta
a alta voz,
e respiro,
na escrita,
no eco,
do dado
lançado,
da palavra
dita...
Corto,
recorto,
rasgo
e colo
os pensamentos,
vãos,
fugidíos,
que se arredam,
por momentos,
da mente
no desvarío
de outros pensamentos,
loucos,
insanos,
de tão prementes...
Corto
e recorto
rasgo
e colo
somente
o que sou,
um pedaço
de carne,
um projecto,
de gente...