Vermelho
ocioso,
cobrindo
o entardecer
na alvura
dos desejos
flamejantes
encarniçando
o tacto,
o gosto,
inflamando
o olfacto...
Na audição
que se apura
á respiração
descompassada
no desgoverno
da pele
ao toque
de sedas selvagens,
de lábios...
Pregas
que despregas
nas rugas
de creppon
dos interstícios
do corpo
a que te entregas...
AV
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
Já fui tarde...
Já fui tarde,
onde?
Não sei!
Sei,
apenas,
que o futuro
é imediato
e
que
me atrasei...
Que me enredei
em teias,
enleios,
perdi
rumo
ao norte
procurando
um sul,
sol...
Já fui tarde,
onde?
Não sei!
Sei apenas
que
me atrasei...
AV
onde?
Não sei!
Sei,
apenas,
que o futuro
é imediato
e
que
me atrasei...
Que me enredei
em teias,
enleios,
perdi
rumo
ao norte
procurando
um sul,
sol...
Já fui tarde,
onde?
Não sei!
Sei apenas
que
me atrasei...
AV
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Febril,
pedindo o corpo
aconchego ao leito,
submeto-me à fraqueza...
Estranho esvair de vida,
em mim,
em um frio que corroí,
queima, no fogo, a pele...
Vergo-me ao torpor,
rendo-me em desalento...
Porém...
Um coração há que,
desenfreado,
Renega a absoluta rendição...
Rendo-me, no entanto,
e apesar de tudo...
À vida...
AV
pedindo o corpo
aconchego ao leito,
submeto-me à fraqueza...
Estranho esvair de vida,
em mim,
em um frio que corroí,
queima, no fogo, a pele...
Vergo-me ao torpor,
rendo-me em desalento...
Porém...
Um coração há que,
desenfreado,
Renega a absoluta rendição...
Rendo-me, no entanto,
e apesar de tudo...
À vida...
AV
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Porque latem os cães...
Na penumbra,
aninhada,
no silêncio
da noite
oiço,
escuto,
a vida,
calada,
lá fora...
Rasga
a mudez envolvente
o latir
dos cães,
acorrentados,
aprisionados,
sentindo
vibrar perto
a vida
sem,
contudo,
a alcançar,
não é alerta,
aviso a seu dono,
é lamento,
lamento
de querer
viver
e não poder...
Cão que,
na noite,
não late
já não vive,
ou sobrevive...
É surdo...
Ou triste...
Também
na mudez
grito,
dentro
me debato
na liberdade,
suprema vontade,
de ser
livre...
AV
aninhada,
no silêncio
da noite
oiço,
escuto,
a vida,
calada,
lá fora...
Rasga
a mudez envolvente
o latir
dos cães,
acorrentados,
aprisionados,
sentindo
vibrar perto
a vida
sem,
contudo,
a alcançar,
não é alerta,
aviso a seu dono,
é lamento,
lamento
de querer
viver
e não poder...
Cão que,
na noite,
não late
já não vive,
ou sobrevive...
É surdo...
Ou triste...
Também
na mudez
grito,
dentro
me debato
na liberdade,
suprema vontade,
de ser
livre...
AV
Surdez
Surda
gostaria
de ser
ás palavras vãs,
cega
ao gesto falso,
muda
perante
a palavra,
muitas vezes,
incontida...
Não ouvir
o que a alma
fere,
não ver
o que
o coração magoa...
gostaria
de ser
ás palavras vãs,
cega
ao gesto falso,
muda
perante
a palavra,
muitas vezes,
incontida...
Não ouvir
o que a alma
fere,
não ver
o que
o coração magoa...
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Não sou poeta...
Não sou poeta,
sou só gente,
gente pequenina
somente...
Sou menina grande,
gente pequena,
a brincar,
com palavras,
aos versos,
fazendo legos
de poemas...
AV
sou só gente,
gente pequenina
somente...
Sou menina grande,
gente pequena,
a brincar,
com palavras,
aos versos,
fazendo legos
de poemas...
AV
Cansaço
Faminta,
de sono,
e de sonhos,
na absoluta exaustão
do ser,
dos músculos
retesados
de esforço
apelo
ás forças,
poucas,
em mim...
Uma trégua...
Quebro,
e requebro,
no limite
da lucidez
suplicando
por uma réstia,
mais,
de coragem
até que,
enfim,
me possa submeter
à mais total rendição
dos sentidos...
AV
de sono,
e de sonhos,
na absoluta exaustão
do ser,
dos músculos
retesados
de esforço
apelo
ás forças,
poucas,
em mim...
Uma trégua...
Quebro,
e requebro,
no limite
da lucidez
suplicando
por uma réstia,
mais,
de coragem
até que,
enfim,
me possa submeter
à mais total rendição
dos sentidos...
AV
terça-feira, 17 de novembro de 2009
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