Quanta sabedoria,
quanta mágoa velada,
que tu,
Lisboa,
em um pestanejar revelas...
São olhos que
nada ocultam,
são olhos marcados,
cansados,
marcas de um tempo que,
sem o quereres,
nos relatam histórias
de outras eras,
de outras idas vontades,
impulsos caprichosos
de uma cidade que busca suas gentes
e as usa como adorno,
fêmea vaidosa
piscando o olhar
a seu corpo intemporal ...
Já muito hás vivido,
objecto de tantas paixões
te tornaste,
muitas lutas,
amores,
desamores,
suportaste...
Quanto de ti, Lisboa,
não rezará a história
em uma vontade imprópria
de uma raça que te adora...
AV
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Sensibilidade e bom gosto; profundidade e carinho; mestria e sentimento...
ResponderEliminarObrigado