domingo, 6 de dezembro de 2009

Elogio do vazio

Tacteio o vazio
na ponta dos dedos
e dedilho o frio
em bailados displicentes
de brisas,
de frestas escapulidas,
escorrendo a fio
o degredo do espaço...
Discorro
a melodia do silêncio
abraçando a escuridão
e num lampejo
da noite que não finda
no dia que tarda
enxergo a lonjura
da claridade remanescente
do dia já ido...

AV

2 comentários:

  1. "O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio ."

    Abraço.

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  2. Lindo!

    Realço:

    "Tacteio o vazio
    na ponta dos dedos
    e dedilho o frio
    em bailados displicentes
    de brisas..."

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