quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Alfama

Réstias de céu
se esgueiram
pela calçada
mal desperta,
vêm beijar
o branco
do casario
e fazem negaças
ás laranjeiras,
que sobranceiras,
espreitam
formosa viela.
 Ainda o dia,
ora nascido,
se espreguiça,
comungando a luz
em rubros beirais
já Alfama
apregoa
sua beleza gentia.
 Com a manhã
violam,
a viela,
matinais cheiros,
que arredios,
se escapam,
por frestas ,
de fecundas janelas
que a custo,
no ventre,
os querem reter.
 É tanta poesia
que
em cada pedra
transpira
que cativos
ficam os olhos
e aprisionada
minha alma...

AV 

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