quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vigia...

Vigia Mulher
no regaço
de tua porta,
espia
o dia que,
sem demora,
se espreguiça,
vela,
sem receio,
o sol,
de um sorriso,
gerado.
 Vigia Mulher,
mas me dá
teu sorrir,
me demonstra
teu jeito
num lento arfar
de teu generoso peito.
 Tua curiosidade,
excedente,
te lança,
num arremedo,
ao postigo
dessa porta,
brutal agilidade,
de um,
aparente,
pesado corpo,
forma indefinida
de agir perfeito,
figura monumental
em meio de caixotes
perdida,
disformidade
comedida
de quase beleza,
árduo corpo
pela vida calejado,
espia pois
Mulher
tudo o que
da vida vier...

AV

Sem comentários:

Enviar um comentário